sábado, 23 de setembro de 2006

Executores!

De regresso a casa depois de umas boas férias, o dia estava muito quente e a auto-estrada longa e monótona exigiu uma paragem numa estação de serviço. Todas iguais aos olhos de quem pára apenas alguns minutos de cada vez, a zona de restauração estava quase vazia, pois a comida não convida e a hora de almoço já tinha passado há muito. Ainda assim, engulimos qualquer coisa e descansámos os olhos e o corpo do imenso corredor de alcatrão.
Não foi difícil reparar neles. Eram três, e os seus movimentos mostravam uma hierarquia entre eles. O mais novo e louro parecia mais atento a tudo o que se passava em redor. Todos não conseguiam esconder a sua origem. O seu vestuário não era sofisticado e apenas o mais louro e novo exibia um pouco mais de moda. Uma nova geração talvez! Todos tinham um olhar frio e atento. Discretos e sem se sentarem, beberam rapidamente em pontos estratégicos, sem voltarem as costas a ninguém.Sem uma palavra acordaram a altura da partida e militarmente dirigiram-se para o pequeno carro, convenientemente insignificante.
Quando partiram, pensei na inevitabilidade da morte se encomendada a criaturas tão sinistras!

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