Tributo ao futebol de há 40 anos !

Os jogos mais importantes eram ao sábado e combinados sempre para o mesmo campo e a mesma hora. Lá defrontávamos duas terríveis equipas o Paço e o Salreu. Com o Paço tínhamos uma pequena questão de vizinhança pois quase todos os nossos jogadores eram de lá mas desprezados porque ligeiramente mais novos. Então a solução era jogar pela equipa do lugar ao lado o S. Tiago. Os embates com o Salreu eram para esquecer pois eram fortes demais! Com um trio maravilha com quem tive a felicidade de jogar anos mais tarde, não paravam de alargar a diferença no marcador. Já com o Paço a rivalidade trazia outro sabor ao jogo e o resultado era discutido até ao último segundo. Lembro com felicidade uma vitória retumbante, 18-6 foi o resultado final e os nossos golos divididos por três de nós. Nunca mais vi, ouvi falar do nosso capitão, o mais velho de nós, o “russo”, autor de seis golos. Também já não recordo o nome mas marcou outros seis golos à sua conta e foi a nossa “arma secreta” para esse jogo. Dele sei que se tornou campeão de xadrez e morreu quase a seguir de doença incurável e isto longe de completar vinte anos. Faltam os últimos seis golos apontados por mim e em balizas com postes, as únicas existentes em muitos quilómetros em redor. Estas balizas apesar de não terem redes garantiam uma maior certeza se a bola entrava ou não. Eram realmente um avanço comparadas com as duas pedras ou tijolos utilizados em quase todos os campos das redondezas!

Bloco !

Ontem passei o dia num bloco de urgências! Entre a preocupação com os resultados das minhas análises fui testemunhando a paragem gradual e a falta de capacidade de resposta deste monstro dos novos tempos! Da parte da manhã tudo parecia funcionar. Veio a tarde e o bloco parou. Bem a meio da tarde fui chamado a um pequeno gabinete onde sem exagero estavam pelo menos seis batas brancas (médicos?) e duas batas verdes (enfermeiros?). Juro que temi pelas notícias pois todos me pareceram interessados no que me ia ser comunicado. Afinal quem me disse o que se passava foi uma das batas verdes (médica?) e estava tudo bem. O que parecia ser o bata branca chefe sugeriu que em face dos resultados eu poderia retomar o trabalho já no dia seguinte. Estás-me a ver este caramelo?

Elixir!

Um dia misturando antidepressivos e algumas bebidas, para esquecer o futuro tão negro, vou descobrir o elixir! Terei então de escolher uma tribo e já sei qual vai ser! Observem!

Janeiro!

Janeiro é um mês penoso, com frio ou com chuva, arrasta-se lentamente e parece não mais acabar! De bom grado, aceitaria Fevereiro, só porque a Primavera estaria mais próxima. Fujo a toda e qualquer actividade exterior, o frio e a humidade desencorajam, a própria natureza parece ir morrendo aos poucos fustigada pela estação. Vamos ter de aguentar isto mais algum tempo e só dentro de casa se está bem, com o todo o aquecimento ligado: central, lareira e ainda eléctrico. Sai um bocado caro, pois sai!